sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

"Vou colecionar mais um soneto..."

(essa coisa ruim abaixo é algo que escrevi há umas semanas atrás e não tinha postado)


Do amor também nascem as chagas
Do belo fica só a lembrança
As lembranças esmorecem em cinzas
Tudo muda, tudo perece, tudo se apaga

A vida, esse espelho quebrado
sonhos que voaram pelo caminho
O tempo, mensageiro da derrota
devora-me, amontado de cacos.

Mas das chagas também nasce o amor
O esquecimento tudo transforma
O novo constrói esperanças
Das cinzas uma flor brota

Bela flor, que nasce tímida
e que em tão pouco tempo fenece
Tão fugaz, tão éterea
Lança ao solo tuas sementes
De onde brotará outra flor
e danças, e cores, e sonhos
e outras flores
e dores.


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