segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sob um céu azul

É impressionante como um mesmo trajeto, para pessoas como nós, pode ter coloridos nunca antes vistos. Cores fortes e inebriantes: se é feliz, é muito feliz; se triste, avassaladoramente triste. De forma que se pode ver beleza até na dor, rir de si mesmo no tédio, chorar quando feliz, odiar e querer arrancar a única flor que brota do asfalto: uns sentimentos super esquisitos.

Alguns diriam que isso é saber amar a vida. Que se você sente que os momentos se repetem indefinidamente e alternadamente, e ainda assim é capaz de ver beleza e brilho nisso tudo, é porque se valoriza a vida como um presente divino.

Presente de grego, eu diria. Mas isso só porque sou mau humorada, ambígua, contraditória e intensa no meu sentir.

Para uma acéfala desmemoriada como eu, ou melhor, para alguém que sofre de uma memória demasiado seletiva, é fácil sentir os momentos como novos e únicos. E é fácil carregar outros tantos como uma maldição.

A gente anda, corre, vive, muda e depois não sabe nem por que(m) mudou.
A gente pára, pensa, cede e vira do avesso: depois não sabe nem mais o que é.

Quando convivemos com loucos, ficamos um pouco loucos também.
Mas só um pouquinho.

3 comentários:

Felipe Attie disse...

"Quando as coisas começam a ficar estranhas, é hora dos estranhos virarem profissionais" Hunter S. Thompson.

A vida é assim...

Anônimo disse...

E eu me identifico pra caramba com as coisas que você escreve. Fala sem medo o que sente e assina em baixo!

e sabe o que eu acho? feliz de quem é assim!

um beijo

Anônimo disse...

Então tá ótimo, porque também acho que você tem umas ótimas sacadas. De verdade!
Se joga nos textos então, Mia! :}
Tô precisando fazer o mesmo.

aproveite o feriado!
beijos! :*